Olá, caro(a) leitor(a). Você ainda está aqui? Você ainda navega por esta página? Puxa, hoje, ao entrar neste blog, tive que remover algumas teias de aranha e espanar bastante poeira. Há quanto tempo que não digito e deixo as minhas impressões do mundo aqui. E fico a pensar sobre isso. Se é o tempo que dedico a outras atividades que me faz deixar de lado algo que gosto tanto como escrever. Ou se me bateu de repente o receio de encarar o blog não como um diário pessoal, mas como algo sério. Afinal de contas não tenho mais a idade que eu tinha quando o criei. Ano que vem vão fazer dez anos que postei a primeira mensagem. Por quantas coisas que passei e o quanto de mim deixei nesse espaço perdido na internet.
Mas agora penso em voltar. Sim, penso e não é de hoje. Sem deixar que o receio me impeça. Ou a falsa falta de tempo. Ou as distrações. Mas sim deixar que minha mente crie textos que possam colorir novamente esse blog. Falar um pouco de mim e da minha visão de mundo. Por isso tomei coragem e aqui estou.
Sem mais delongas, vou para o tema da vez. O título remete a uma passagem bíblica e a continuação dele é "se esfriará". Você já observou como andam as pessoas? Observe atentamente. Nunca se teve tanto acesso à informação e nunca estivemos tão conectados com pessoas do outro lado do mundo. Mas nunca estivemos tão distantes uns dos outros. Chega a ser estranho. Vou tentar te explicar no próximo parágrafo, tá?
Antigamente as pessoas se cumprimentavam mais. "Bom dia, boa tarde, boa noite". Por conta da violência urbana, dentre outros motivos, isso ficou bem mais difícil de acontecer. A gente sai meio desconfiado de qualquer um e, às vezes, de todo mundo. Ficamos sempre alertas, com medo de sermos surpreendidos por alguém que, além de tomar nossos pertences, pode tirar a nossa vida. Mas vindo para a realidade das pessoas próximas, observe como ficamos mais distantes também. Observe como a "falta de tempo" tem nos afastado dos amigos. Como o uso constante do celular nos deixa num perto-longe da nossa família. Como nossas conversas deixaram de ser em prol do interesse do outro e muitas vezes só servem para cumprir tabela.
Sabe o que estragou mais ainda as coisas? Um ponto para quem respondeu "redes sociais". Parece que a timeline do Facebook virou um mural para que pessoas joguem tomates podres e destilem seu ódio. Se você posta fotos felizes, especialmente em viagens, você está ostentando. Se você posta frases de efeito, sempre aparece alguém para criticar. Se você posta sua opinião, aparece um de lá para - ao invés de inteligentemente argumentar que não concorda, simplesmente procurar te desmoralizar com palavras torpes, sabe-se lá com que objetivo. Se você não posta nada, ficam com raiva também, acham que você é um stalker e blá blá. As pessoas nunca estão satisfeitas, então desista de tentar agradá-las.
Tudo isso me incomoda. Mas antes de sair por aí criticando os outros, faço uma autoavaliação. Como tenho tratado as outras pessoas? Será que tenho demonstrado o amor de Deus em minhas atitudes ou tenho sido egoísta? O nosso amor tem se esfriado porque não temos nos alimentado da Palavra Daquele que é definição do amor. Será que esse blog está me chamado para compartilhar sobre o amor? Mais do que isso: que eu demonstre amor por meio das minhas palavras e ações, até mesmo com aqueles que "me perseguem".
Engraçado que quando eu era mais nova eu tinha um mito de que eu não deveria ter inimigos ou, explicando melhor, todo mundo deveria gostar de mim. Oh.... depois de N decepções que surgem até hoje, descobri que isso é bobagem. A gente sempre tá se preocupando com o que os outros pensam e tal. Mas a verdade é que, diante de Deus, somos todos criaturas perdidas, umas já encontradas pelo Senhor, outras ainda não, mas cheias de defeitos, de traumas, de dores, de lutas. Viver é um desafio. Mas viver sem amor de nada vale. Eu aprendi que você não precisa ter afinidade nem conviver o tempo todo para amar. Significa que você vai querer o bem do outro e promover o bem que estiver ao seu alcance quando necessário. Seria muito mais fácil se fosse assim, né?
Só espero que a próxima postagem não seja em dezembro.
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