Eu queria até ter escrito a continuação um dia após publicar o primeiro texto, mas não foi possível. Gostaria que você lesse o post anterior antes de partir para este daqui.
Como eu disse anteriormente, tenho buscado cada vez mais a Deus. E isso não partiu de mim mesma e sim dEle. Ele é quem sempre esteve me chamando durante tantos anos para viver algo mais profundo, mas o meu receio de perder coisas nesse processo era tão grande que eu não embarcava nesse mergulho. Aí, eu percebi que essas coisas estavam ocupando o lugar de Deus na minha vida, como verdadeiros ídolos.
Bem, consegui concluir a leitura do livro de C. S. Lewis, Cristianismo Puro e Simples. Posso afirmar plenamente que foi um dos melhores livros que já li na minha vida e que é um excelente texto sobre apologética cristã - inclusive, foi utilizado como base para os estudos da EBD da minha igreja no ano passado.
O que eu achei mais lindo foi ver nos últimos capítulos uma confirmação do que eu pensava e até um pouco do que eu escrevi na parte um:
"O Filho de Deus se fez homem para que os homens pudessem tornar-se filhos de Deus." - é o próprio Senhor que toma a iniciativa para que nos aproximemos dEle!
Certamente, se fosse para eu escolher a Deus, eu não escolheria. Ele quem me escolheu e sou imensamente grata por isso! - Por favor, não quero entrar no mérito Calvinismo x Arminianismo. Nunca gostei muito dessa discussão, acho pouco edificante.
"A vida natural de cada um de nós é uma coisa egocêntrica, que quer ser paparicada e admirada, quer tirar vantagem das outras vidas e usar para seu proveito o universo inteiro. Acima de tudo, ela quer ser deixada em paz: quer distância de tudo que possa ser melhor, mais forte ou mais elevado que ela, tudo que possa revelar a sua pequenez. Tem medo da luz e do ar fresco do mundo espiritual, da mesma forma que as pessoas que foram criadas sem higiene não gostam de tomar banho. Num sentido, ela tem toda a razão, pois sabe que, se cair nas garras da vida espiritual, seu egocentrismo e sua vontade própria serão exterminados. Assim, luta com unhas e dentes para que isso não aconteça."
Esse trecho acima é um tapa na minha cara. Sério! Agora entendo o porquê de eu tanto me esquivar: além do medo de perder coisas (até sinto vergonha de confessar isso), também tinha o medo de ser transformada! Sim, porque os encontros com Cristo sempre são transformadores. E o caminhar com Ele então, nem se fala! Ser transformado dói, dá trabalho, é difícil, complicado... e quando você coloca empecilhos para o agir de Deus, é muito pior. Muito pior mesmo.
O verdadeiro Filho de Deus está ao seu lado. Ele está começando a transformar você em algo semelhante a ele. Está começando, por assim dizer, a "injetar" seu tipo de vida e pensamento, sua zoé [vida espiritual], em você; está começando a transformar o soldadinho de chumbo num homem vivo. A parte de você que não gosta disso é a parte que ainda é feita de chumbo.
Me consola saber que Cristo está ao meu lado, quer caminhar comigo, quer me transformar dia a dia para que eu seja mais parecida com Ele, pois é através dessa transformação que vou experimentar plenamente a eternidade. Sim, porque a vida agora é apenas um ensaio para a vida eterna.
Bem, estou seguindo na minha caminhada. É bem possível que eu escreva outro texto aqui (que tal uma parte três? rs). Enquanto isso, estou lendo um ótimo livro sobre disciplinas espirituais (oração, jejum, solitude, celebração, adoração e outros): Celebração da Disciplina, de Richard Foster. E vou seguindo, mergulhando mais fundo. Quando me dá medo de me afogar, falo com Ele. Não quero mais ir à tona.
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