quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Corra, pedestre, corra!

O título deste post faz lembrar o filme Corra, Lola, corra (Lola Rennt, 1998), do qual já mencionei rapidamente em outro post. Mas longe de falar sobre ficção, o assunto deste aqui é real (e sério): Corra, pedestre, corra, senão você vai ser atropelado.

Isso mesmo! Pelo menos aqui em Salvador, ser pedestre é um risco altísismo. Ok que muitos são deveras imprudentes: atravessam fora da faixa, especialmente em vias movimentadas, andam no meio da pista etc etc. Contudo, muitas vezes eu vejo (ninguém me contou não) e passo por situações de tentar passar na faixa de pedestre (com sinaleira ou não) e simplesmente não ser respeitada (eu e muitos outros).

Geralmente circulo pelo Campo Grande, no centro da cidade. Lá, e também em bairros próximos como Canela e Garcia, há algumas faixas de pedestres, mas sem sinaleira. Local ideal para atravessar, certo? Sim, é o certo, mas não é o que tenho visto. É preciso ter muita paciência para esperar algum carro parar ou algum momento em que não esteja nenhum veículo trafegando. Não importa: carros, motos, ônibus, caminhões: a maioria deles não respeitam o pedestre. Engraçado que utilizei uma figura de linguagem aqui, porque de fato não são esses automóveis e sim as pessoas que os dirigem que os fazem parar. Mas fica muito difícil reconhecer que existe um ser humano ali dentro, ainda mais quando os vidros são fumê.

Se as faixas de Salvador fossem assim, eles respeitariam?

Domingo passado, à noite, ouvi o pastor da minha igreja falar sobre isso. Ele, como motorista inclusive, estava indignado de ver essa situação. Foi muito bom ouví-lo falar a respeito, pois percebi que não era a única incomodada com tal assunto. Infelizmente, isso se trata de educação, de respeito ao outro, coisas que devem ser ensinadas em casa. Uma auto escola (e já passei por uma) não vai ensinar o futuro motorista a ser mais educado. No entanto, se há deficiência nessa área, o que fazer? O jeito, pelo menos a curto prazo, é punir. Aplicar multas contra esses infratores. E ensinar (parte a longo prazo) ainda na infância, coisas talvez "tão fora de moda" como moral e ética. Aliás, há algum tempo, havia uma matéria na escola intitulada Moral e Cívica. Até já folheei, há algum tempo, um livro dessa disciplina.

O melhor aprendizado é através do exemplo. Se um(a) filho(a) vê um pai ou a mãe ultrapassando sinal vermelho ou não parando para os pedestres atravessarem na faixa, como eles vão aprender o que é certo? Ou jogando lixo na rua, até mesmo jogando lixo quando se está dentro do carro ou no ônibus. Ou urinando nas vias públicas... Vamos acabar com as "culturas" inúteis e degradantes, ok?

2 comentários:

Victor Dias disse...

assim é a vida, Charlie Brown! Sempre quando falam desse assunto, eu lembro do exemplo do Pateta. Que era um indivíduo incapaz de matar um inseto na rua, mas quando entrava no carro se transformava...

Lidiane Ferreira disse...

Que puxa!