Arte ou entretenimento?

A frase acima é uma questão que surgiu desde os tempos em que eu estudava na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBa), popularmente conhecida como Facom. Nas aulas de Teorias da Comunicação, de Estética da Comunicação ou de outra matéria que tocasse no assunto cultura, por vezes os textos lidos e as discussões nos levavam a refletir sobre o caráter de produtos ditos culturais: filmes, novelas, etc. Arte ou apenas entretenimento?

A pergunta surgiu novamente hoje, enquanto eu lia um blog da Folha Online. O texto falava sobre o filme Deixa ela entrar em comparação a Crepúsculo. Tudo porque na propaganda do filme sueco havia a frase "Se você gostou de ‘Crepúsculo’, vai gostar desse”.

Os filmes são tão diferentes, segundo a coluna [não vi nenhum dos dois ainda e pelo que li e ouvi a respeito acredito que seja isso mesmo], indo em "direções opostas". Deixa ela entrar é filme cult, Crepúsculo, juntamente com sua continuação Lua Nova, é filme para as massas. Afinal, qual obra tem mais valor: aquela que arrecada milhões em bilheterias e produtos ou aquela outra que te faz pensar, refletir e não é tachada apenas como água com açúcar ou clichê?

Confesso que gosto dos dois estilos de obra. Tive a oportunidade de ver clássicos do cinema na faculdade, como alguns filmes de Hitchcock, em que o posicionamento de câmera ditava o suspense do enredo, muito antes de lançarem os efeitos especiais que hoje são mais apreciados do que as histórias [em alguns casos, é claro].

Quando ler a matéria no site da Folha, aproveite para ler também os comentários. Aliás, muitas vezes, são as opiniões dos leitores que mais me chamam a atenção do que propriamente as matérias escritas pelos colunistas. A internet, com esse recurso de postar comentários de leitores, definitivamente revolucinou a forma de comunicação nos nossos dias. As "cartas dos leitores" estão mais privilegiadas.

Quanto a quem é melhor, arte ou entretenimento, a minha resposta é: os dois. Cada um tem seu momento e sua função. A decisão fica com quem aprecia.