domingo, 26 de agosto de 2012

Anoitecer

 
Eu quase viciei em tirar fotos da lua! rs
A ficção já nos mostrou muito do universo dos vampiros. Desde o pioneiro Nosferatu à atual saga Crepúsculo - se observarem o título deste post, verão um certo trocadilho -, cada filme têm semelhanças - eles gostam de sangue - e diferenças entre si - o sol os mata ou apenas os faz brilhar.

Mas não quero falar sobre o ficcional e sim sobre a realidade. Existem vampiros sim! E são pessoas comuns, estão em nosso meio e sugam porções preciosas da nossa vida.

Chegam sorrateiros, como quem não quer nada. A aproximação raramente é brusca, pois procuram "sondar o ambiente", observar aspectos importantes de cada uma de suas "vítimas". São nos pequenos detalhes que eles nos fisgam e de pessoas que não conhecíamos tornam-se até melhores amigos. Parece que a vida começa a ter mais graça no momento em que eles aparecem e fazem parte dela. 

A dedicação é tanta que soa até exagerada. Excesso de carinhos, afagos e muitas, muitas palavras para encher a bola de qualquer um. Como eles observam tudo acerca de nós, fica fácil ver aquilo que nos alegra e eles irão investir justamente nisso. 

O início é as mil maravilhas e rapidamente somos tragados. Quando nos damos conta - isso se nos dermos conta - estamos presos em uma teia de aranha da qual é difícil escapar. Sugam o que há de precioso em nós, nossos sonhos, projetos, planos. Também sugam nossa energia, tal como Vampira, do X-Men.


Após conseguirem o que queriam, rapidamente descartam suas vítimas, tal qual descarta-se qualquer objeto após o uso. A mesma rapidez com que se aproximam também é a com que se afastam. Mas o estrago já foi feito. O problema que a vítima, muitas vezes, sente-se culpada, como se tivesse feito algo de errado e até merecesse aquele abandono. Ledo engano, ela não percebe - ou não quer enxergar - que foi usada e agora já não tem mais serventia.

Ok, Lidi, mas então, o que fazer em casos assim? Só me vem à cabeça um versículo da Bíblia quando penso a respeito: "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida." Provérbios 4:23. O nosso coração é um tesouro que deve ser guardado a sete chaves, para que ninguém venha roubá-lo ou destruí-lo. 

Isso não significa que tenhamos que nos fechar para o mundo, sem fazer novas amizades e dar uma chance ao amor. É preciso ficar sem mágoas, nem ressentimentos, liberar perdão. O que me consola é outro versículo: "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará." Gálatas 6.7. O pior castigo dos vampiros é não desfrutar de uma amizade sincera e agradável com suas vítimas.

E se você estiver muito, muito triste, pense nesses versinhos:

"Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar.
Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar."
 
(Felicidade - Marcelo Jeneci)

2 comentários:

Karla disse...

Amei, amiga! Muito bom, mesmo! A comparação com os vampiros realmente descreve muito bem este tipo de pessoa. E fico feliz por esta visão que tem.
Fiquei com vontade de escrever.
Bjoo

Lidiane Ferreira disse...

Eu precisava de uma alegoria pra comparar esses indivíduos e a dos vampiros foi a que mais se encaixou. Menina, no final do texto, Deus foi me dando os versículos para que eu compreendesse que não deveria alimentar nenhum tipo de mágoa, o que infelizmente ocorre muitas vezes com muitas pessoas.
Escreva também!!! rsrs
Beijos! ;)