quarta-feira, 25 de julho de 2012

Lazer entre quatro paredes



Acordei hoje e depois de alguns minutos me veio à mente o texto que escrevo agora. Não sei se serei 100% fiel às ideias que tive logo cedo de manhã, mas espero que eu cumpra direitinho o meu objetivo.

Lazer entre quatro paredes. Por que mais um shopping em Salvador? Quero deixar claro que não sou totalmente contra a mais um centro de compras na capital baiana, pois querendo ou não, é uma atividade que têm gerado mais empregos e movimentado a economia da cidade. O problema é que parece que nossas únicas opções de lazer agora são essas. E têm se tornado mesmo!

Se não vejamos... a gente não consegue ir direito pros parques porque temos medo de sermos assaltados e nem sempre há locais com uma infraestrutura adequada. E isso não apenas pelo descaso das autoridades governamentais, mas infelizmente o nosso povo - e entenda povo da forma mais geral que esse termo pode remeter - não cuida de sua própria cidade. É lixo e mijo no chão. Equipamentos depredados. Aí fica complicado! Sem contar que você sai de casa e corre o risco de ser assaltado... até mesmo na porta de sua residência, como aconteceu comigo.

Ir pra praia... puxa, tem se tornado tão chato. Acabaram com as barracas de praia, mas não criaram as tão anunciadas alternativas melhores, mais bonitas e higiênicas. Ficou tudo por isso mesmo. Agora, os barraqueiros não têm mais barracas e vendem tudo à base do improviso. Se era pra ficar assim, não era melhor ter deixado como estava?

Aliás, sair em Salvador está virando uma grande epopeia - e entenda esse termo no significado mais complicado dele. Se eu saio de ônibus, espero um tempão e pego coletivos cheios e sujos, até mesmo com barata  - Eca! Se eu saio de carro, preciso fazer malabarismo para desviar dos buracos, enfrentar um trânsito grotesco e ser cortados por motoristas irresponsáveis e egoístas. 

Ficar em casa parece ser uma saída - ou não. Televisão aberta não tem nada de muito interessante, você zapeia canais e se depara com cópias piores. Pagar TV com assinatura é caro demais e nem sempre compensa, pois volta e meia nos deparamos com reprises.

E o que dizer da internet? Caríssima e lentíssima na mesma proporção. Eu escolho um livro e que boa escolha eu faço, pena que nem todos ainda descobriram essa alternativa. Na melhor das hipóteses, escolho a Bíblia e ganho ainda mais.

Eu olho para a minha cidade e só consigo enxergar problemas. Nunca fiz o tipo pessimista, mas desta vez tem sido difícil, muito difícil olhar com alegria para isto daqui. Quanto passo pela orla, vejo o mar e/ou o pôr-do-sol, uma pontinha de esperança inunda minha alma. Mas aí vem o engarrafamento e eu me lembro de todas as agruras outra vez.

Ok, são tempos de eleições municipais e, não, com certeza não vou me candidatar a nada e nem farei aqui campanha pra ninguém. Só quero que as pessoas que lerem esse texto reflitam muito bem quando foram ao pleito em outubro. De promessas, já estamos cheios. Maldito o homem que confia no homem, já diz o versículo bíblico. Apesar do tom pessimista, tento me agarrar a 2 Crônicas 7.14 na esperança que o Senhor sare esta terra!

2 comentários:

Cidinha Silva disse...

Concordo em tudo, que você expõe nesse texto, infelizmente o que temos que fazer é esperar para ver até quando essa realidade vai mudar, não no sentido de omissão mas fazer o que nos é de direito ou seja escolhas certas,apesar de ser muito difícil hoje em dia.
Grande bj.
Cidoca!

Lidiane Ferreira disse...

Obrigada Cidinha pelo seu comentário! ;)
Beijooooo