sábado, 15 de outubro de 2011

Temos a pretensão de sermos tudo... menos quem deveríamos ser

"É tão difícil falar das coisas fáceis. Preferimos esconder o óbvio que nos incomoda e filosofar sobre mistérios e complexidades distantes." (Thiago Grulha).





Quem me acompanha pelo Facebook e/ou Twitter, sabe que uma das frases que mais posto é de Thiago Grulha, cantor e poeta cristão. Longe de ser uma daquelas pessoas que replicam o que outros dizem para parecer mais culta, eu curto muito as frases dele porque elas tratam de coisas que eu já sei ou preciso saber, mas de forma muito interessante. São insights genais!


Mas não vou falar sobre isso e sim sobre o tema da frase. Sabe, é o que tenho visto demais hoje em dia e até me policio para não fazer igual.


Parece que estamos o tempo todo tentando provar algo para alguém. E é verdade! Poderia falar aqui sobre papéis sociais, máscaras, identidade, mas aí o post renderia absurdamente e sinto que algumas pessoas estão um pouco cansadas de ouvir falar sobre isso - talvez eu esteja superestimando alguns leitores, mas, sorry, ninguém é perfeito e não espere que eu vá atender a todas as suas expectativas!


O fato é que um movimento atual amplificado pelas redes sociais têm me causado um certo desconforto. Incômodo mesmo. A gente - eu não tenho vergonha de me incluir aqui - quer parecer tão mais inteligente, tão mais interessante que se torna... pedante! Isso mesmo, torna-se chato de galocha - nossa, eu nunca mais tinha ouvido essa expressão - alguém que, na tentativa de parecer mais intelectual, mais culto, torna-se insuportável. Perde a essência de quem é verdadeiramente e as amizades que um dia conquistou podem ir por água abaixo - afinal de contas, ninguém gosta de estar o tempo todo com alguém que se acha melhor do que os outros. Pode até ficar um tempo, mas não o tempo todo.


O que queremos provar? Quem queremos agradar? Esse lance de tentar agradar todo mundo não dá certo: sempre vai ter alguém insatisfeito e o pior é quando é você mesmo.


Temos a pretensão de sermos tudo... menos quem deveríamos ser. Criamos uma enorme equação cheia de icógnitas e de sinais, quando a resposta surge de uma operação simples de somar. 


"Alguns buscam muito ser "importantes" para que sejam amados. Outros são amados e é isto que os fazem importantes." (Thiago Grulha).


Eu prefiro ser amada pelo que sou e não pelo que tento ser. Aliás, sou amada pelo que sou. Quem não está por perto é porque não quis estar. Fazer o quê?!

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