quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Eu quero um texto

Foto antiga, mas revela minha paixão
pela escrita mesmo durante o trabalho 
Eu quero um texto. Eu quero um texto que seja fácil de escrever, mas que ao mesmo tempo me faça pensar muito, medir cada palavra. Também quero um texto que seja extenso, mas não cansativo; que seja rápido de ler, mas não raso.

Eu quero um texto pessoal, mas que fale a uma multidão. Quero que cada pessoa leia e se identifique, seja em parte, seja no todo. Também quero um texto simples para os menos cultos e instigante para os intelectuais.

Eu quero um texto que faça as pessoas imaginarem várias coisas e ao mesmo tempo não pensarem em nada. Quero um texto que seja suficientemente bom para ser publicado em um livro e suficientemente prático pra ser enviado via e-mail para os amigos.

Eu quero um texto que explore palavras pouco usadas, mas que dê espaço para neologismos e gírias. Que, de crianças a idosos, todos possam se sentir parte do universo ali retratado.

Eu quero um texto de ficção não-ficção. Um romance, um conto, uma crônica, prosa e poesia, tudo muito junto. Lírico, épico, dramático. Tudo junto. Em primeira ou terceira pessoa. Realismo fantástico ou entrevista. Dicionário e terror. Aventura e biografia. Científico e religioso. E muito mais.

Como são muitas coisas, eu não quero um texto apenas. Eu quero vários textos. Que não caibam em livros. Que possam transbordar os pensamentos. Mas que, em algum momento, sejam lidos.

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