Aventura em Bagdá é um bom livro, contém muitas cenas emocionantes, um mistério que envolve toda a trama, o estilo de Agatha Christie ao descrever cenários e pessoas. Mas, antes de tudo, é um brinde às mulheres. Afinal de contas: quem não queria ter a coragem de Victoria Jones? [contém alguns poucos spoilers]
Apesar de não ser lá muito culta, a personagem principal desse romance é uma das mulheres da ficcção mais corajosas e espertas que eu já vi... ou melhor, que eu já li. Embarcar numa viagem com passaporte só de ida para o Iraque, em busca de sua repentina paixão (Edward) já é digno de loucura para a estenodatilógrafa recém-desempregada. Mas Miss Jones iria revelar muito mais de sua personalidade leve e aventureira nas páginas seguintes.
Esconder um homem supeito em seu quarto de hotel, investigar uma organização criminosa que busca inventar uma arma secreta, correr risco de vida em um lugar desconhecido... Às vezes, parecia ser divertido para ela, naquele quente país do Oriente Médio. Só mesmo as conversas dispersas com Marcus, dono do Hotel Tio, cenário de muitas aventuras, não era tão agradável assim...
Simplesmente Victoria Jones poderia se chamar Victoria "Intrépida" Jones, tamanha sua capacidade de inventar laços familiares - com pessoas reais ou não - ou para fingir saber tudo sobre arqueologia - claro que ela leu vários livros sobre o assunto para parecer um pouco mais verídico. Enfim, uma ótima "espiã".
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