segunda-feira, 9 de maio de 2011

Captura de um instante

É engraçado eu falar sobre fotografias. Nossa relação sempre foi meio conflituosa, mas já tive ótimos momentos com elas. Enfim...

Quando eu era pequena, não ligava muito para tirar fotos. Pelo menos não me lembro de me importar muito com isso. Engraçado que minha irmã normalmente tinha que apontar para câmera para que eu olhasse para ela e, assim, meus pais (ou outro adulto) pudesse tirar uma foto minha de pose.

Até que esta pose ficou bem legal, né?

Mas quem disse? Lembro-me de, pelo menos, duas fotos em que a pose sou eu olhando para minha irmã e ela apontando pra câmera, como se dissesse "Olha pra lá, o passarinho tá lá, não é pra mim não". Acho que isso a irritava, mas quem se importa? Nunca gostei de posar pra foto...


Aliás, até hoje tenho problemas com isso. Não sei fazer a pose certa, sabe? Vejo várias amigas arrasando com seus álbuns em redes sociais rsrs, até tento aprender com elas, mas normalmente meus resultados são fiascos. Não sei fazer pose. Ainda bem que nunca pensei seriamente em ser modelo, só de brincadeira em um dos meus devaneios infantis.

Por outro lado, gosto de fotografar. Mas não chega a ser uma paixão arrebatadora. Tive um módulo de fotografia na faculdade e foi boa a parte de capturar instantes. Só não gostava de revelar fotos. O cheiro dos químicos me deixava enjoada. Mas era legal, pena que talvez eu não tenha aproveitado tanto quanto poderia. Mas eu preferia escrever do que fotografar.

Aos poucos, fui me interessando pela arte de fotografar. Desde que tomei essa arte como a captura de um instante. E alguns instantes são tão especiais que merecem ser registrados, mesmo que seja em tamanho 10x15 cm.

Andando nos trilhos do trem - Oliveira dos Campinhos (BA)
Olho para minhas fotos e vejo, mais do que tudo, pessoas. Pessoas que convivem comigo desde que nasci. Pessoas que já conviveram comigo, mas, por algum motivo, estão distantes, Pessoas que tenho a oportunidade de conviver. Pessoas. E são especiais. A foto é apenas um registro do ótimo momento em que passamos juntos. A foto pode ser rasgada, queimada, destruída. A lembrança permanece na memória do coração que deseja ter amigos. E fico com a segunda opção.

Hoje, a fotografia representa algo de muito especial para mim. É algo que pode expressar sentimentos, emoções, momentos. Uma arte. Um trabalho. Uma lembrança. Queria que alguns instantes fossem fotografados, mesmo que sem uma câmera para tal. Que fossem capturados pelo meu olhar, então. Mas aí eles só estariam disponíveis na minha mente. 

Uma passagem por Recife (PE)
Se houvesse uma espécie de impressora conectada diretamente ao cérebro para imprimir nossos sonhos e pensamentos... mas não, não existem. Talvez alguns momentos não precisem ser registrados numa folha de papel fotográfico. Porque as fotos podem rasgar, queimar, perecer. E não é uma fotografia que define a importância de um acontecimento. Para cada um de nós, o instante é único, fotografado ou não.

2 comentários:

Anônimo disse...

lidi querida!!!
que saudade de vc
que saudade de fotografar tambem
jah to em salvador
vc jah sabe ne!!!????

bjss

Lidiane Ferreira disse...

Saudade de vc, Mai!!
Eu tô sabendo mais ou menos por causa de uma postagem sua no blog...
\o/
A gente precisa se ver!
Beijo!