quarta-feira, 13 de maio de 2009

Emoções que contagiam

Estava um dia desses assistindo a um episódio de Fringe, quando me deparei com algo peculiar: um homem que tem a capacidade de contagiar os outros com suas emoções. O problema é que essas emoções eram negativas, voltadas a homicídio e, principalmente, suicídio (!).

Fiquei a pensar se nós também, na vida real, longe das inventivas idéias do mundo ficcional, estaríamos também influenciando outras pessoas com nossas emoções. E cheguei à conclusão que sim, mas não com a mesma intensidade do personagem da série.

Ficamos comovidos com cenas dramáticas da ficcção - como as milhares de pessoas que choraram a ver o Titanic naufragar na telona ou telinha mesmo -, ou com acidentes trágicos, dramas pessoais e catástofres naturais como as enchentes que temos visto no nosso Nordeste, até mesmo pertinho de onde moro. Também ficamos tristes quando vemos amigos passando por situações complicadas.

Da mesma forma, nos alegramos com vitórias e bênçãos alcançadas por aqueles mais chegados (infelizmente tem pessoas que não são alegram com a alegria alheia, mas isso é uma outra história): ministério dando bons frutos, passar no vestibular, se formar, casar, ter filhos... Ou então o sentimento de indignação diante de uma injustiça ou até mesmo de raiva por ver pessoas - queridas ou desconhecidas mesmo - serem maltratadas.

Somos humanos, vivemos em sociedade, partilhamos muitas coisas um com o outro. Mas até que ponto eu realmente me importo com meu irmão? Ou com alguém que eu conheço? Às vezes somos tão egoístas, tão preocupados com o nosso eu, o nosso ego a falar mais alto...

Claro que a gente não vai fazer como no episódio, em que as pessoas absorviam toda a angústia e dor interior daquele personagem. Às vezes nos deixamos tanto levar pelo sofrimento dos outros, que acabamos por fazer daquilo a nossa dor. Não é bem assim. Nosso papel é ajudar, auxiliar e também exortar, admoestar, ensinar, aconselhar. É estar ao lado da pessoa e ser um ombro amigo e também, se for o caso, uma luz para que a pessoa enxergue suas falhas, não porque nós estamos apontando e sim porque ela mesmo descobre através dos bons conselhos.

Passei por alguns momentos bem complicados na vida, como uma jovem que busca ao Senhor e ao mesmo tempo se depara com desafios internos e externos a essa busca. Eu sei amigos mais chegados me abraçaram, outros puxaram minha orelha quando necessário.

"O caminho do insensato é reto aos seus próprios olhos, mas o que dá ouvidos ao conselho é sábio." Provérbios 12:15

"Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas havendo muitos conselheiros eles se firmam." Provérbios 15:22

"Ouve o conselho, e recebe a correção, para que no fim sejas sábio." Provérbios 19:20

Pensando no outro lado da moeda, também há o fato de expressar, marcar ambiente e pessoas com nossas emoções. Outro perigo. É bom estar alegre, porque a alegria contagia e deixa o ambiente muito mais agradável. Mas é horrível estar em um lugar onde pessoas reclamam, murmuram de tudo, parece que nada lhes satisfaz, chega a ser incômodo viver com gente assim. Ou com aqueles que se lamuriam de tudo, acham que sempre o mundo está contra eles...xii... Também não é legal.

Ou ainda pessoas que não separam vida pessoal e profissional: de repente um mau atendimento tem como motivo alguma frustração de quem atende... mas quem é atendido, o que tem a ver com isso?

"Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores. Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos." Tiago 5:13-16

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