Lembro-me das Olimpíadas em Atenas, há 4 anos atrás, 2004. Lembro-me de toda a expectativa em relação aos nossos atletas do Brasil e chances de medalha. Mas de uma coisa me lembro muito bem, ou melhor, de um nome: Daiane dos Santos.
Só se falava nela. Era o tempo todo e em todos os veículos de mídia brasileiros. Então recente campeã da Copa do Mundo de ginástica artística, Daiane era esperança de medalha de ouro em uma modalidade até então pouco difundida na terra tupiniquim. Meses, dias antes do Jogos, o nome dela se repetia, se repetia, se repetia.
Confesso que comecei a não gostar dela por conta disso. Normalmente "enjôo" de pessoas que estão sempre em voga, sempre aparecendo, o tal do "arroz-de-festa", que está no top das paradas e é o sucesso. A excessiva repetição me deixa simplesmente enjoada.
E com ela foi assim também, não por culpa dela, mas por culpa dos veículos de imprensa [me desculpem, colegas].
Depois de tanto repetir esse nome, o resultado: 5ª colocação em Atenas, por conta de erros na sua apresentação no solo. Em 2008, outro erro e cai na posião: sexto lugar. Mas, este ano, os holofotes estavam voltados para outros atletas da ginástica: Diego Hypólito, recente campeão do mundial e Jade Barbosa.
O que acontece com nossos atletas da ginásticas? Seria simplesmente azar? Eu diria nervosismo, por participar de um evento daquele porte e ainda por cima serem [intecionalmente ou não] pressionados a garantir medalhas.
Trazendo ou não medalha, esse exemplo pode nos mostrar algumas coisas:
1. Ninguém é perfeito, hoje você acerta, amanhã você pode errar;
2. Nervosismo e pressão atrapalham qualquer coisa e no esporte isso é muito evidente, por conta do fator concentração;
3. O governo e sociedade brasileira precisam investir no esporte se querem realmente aumentar o número de medalhas conquistadas por atletas brazucas nos Jogos Olímpicos.
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