Muito me indigna ser acusada de algo que não fiz. Imagina ser acusado de algo que não fez em rede nacional, perante mais de 180 milhões brasileiros e até mesmo de cidadãos outros países?
Clássico das discussões sobre o jornalismo brasileiro, o Caso Escola Base é um exemplo do que a falta de uma apurada apuração [desculpe a redundância] pode causar à honra e dignidade de uma pessoa. Depois de tantas reportagens e tanta repercussão, com a "condenação" dos donos da Escola Base por abuso sexal contra crianças, descobriu-se que tudo não passou de um engano e mal entendido. Mal entendido este que custou muito caro aos acusados, que não eram culpados e sim suspostos culpados por um crime que no fim foi "fantasia de criança".
Mas como é possível que uma coisa grave como esta ocorra? O desejo de ter um furo de reportagem? Essa busca pelos chamados "furos" leva muitos jornalistas a uma postura contrária à ética profissional e até mesmo a ética pessoal. Do que adianta ter um furo hoje se no fim é se torna uma "furada"?
"Todos são inocentes até que se prove o contrário"... Talvez os jornalistas precisem recorrer a princípios do Direito...
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