terça-feira, 8 de abril de 2008

Quando os suspeitos viram culpados

Muito me indigna ser acusada de algo que não fiz. Imagina ser acusado de algo que não fez em rede nacional, perante mais de 180 milhões brasileiros e até mesmo de cidadãos outros países?

Clássico das discussões sobre o jornalismo brasileiro, o Caso Escola Base é um exemplo do que a falta de uma apurada apuração [desculpe a redundância] pode causar à honra e dignidade de uma pessoa. Depois de tantas reportagens e tanta repercussão, com a "condenação" dos donos da Escola Base por abuso sexal contra crianças, descobriu-se que tudo não passou de um engano e mal entendido. Mal entendido este que custou muito caro aos acusados, que não eram culpados e sim suspostos culpados por um crime que no fim foi "fantasia de criança".

Mas como é possível que uma coisa grave como esta ocorra? O desejo de ter um furo de reportagem? Essa busca pelos chamados "furos" leva muitos jornalistas a uma postura contrária à ética profissional e até mesmo a ética pessoal. Do que adianta ter um furo hoje se no fim é se torna uma "furada"?

"Todos são inocentes até que se prove o contrário"... Talvez os jornalistas precisem recorrer a princípios do Direito...

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